25 de jan. de 2008

Persona non grata I

Pablito morava em uma cidade mediana, não era o que ele tinha como ideal, mas era sua cidade. Desde pequeno gostava de pensar grande, queria ter dinheiro, carros e mulheres, não exatamente nessa ordem mas queria ser alguém. Às vezes passava horas imaginando o seu futuro, planejando o seu sucesso, analisando seus sonhos e traçando seus métodos. Não acreditava em destino, queria ser dono de sua vida, ter o controle da direção, do caminho e da situação.

Julgava-se especial de alguma maneira, havia um conforto em tal pensamento. Não acreditava na maldade, e sim na conveniência, “a ocasião faz o ladrão” era isso que diziam, certo? O caminho era dele e intrusos não eram bem vindos.

O gosto da derrota era amargo demais para Pablito. Aprendeu cedo que segundo e último estavam igualmente distantes do primeiro e que este deveria ser sempre o seu lugar. Na escola sua professora dizia: - O importante é participar. – Para ele esse era o consolo dos medíocres.

Para Pablito os fins justificam os meios, a razão desbanca a emoção e o mundo é dos espertos. Não demorou muito para ser mal visto por aqueles que o cercavam. Pablito não entendia a rejeição daquelas pessoas, afinal uma de suas frases preferidas era: “Não odeie o jogador, odeie o jogo". Certo?

Um comentário:

Anônimo disse...

Me parece uma obra autobiográfica. colhe merda pablito!!!